quinta-feira, setembro 07, 2006

Filme de Guerra - Parte 2

O dia seguinte não teve pílula


Como abortar um sentimento cravado em corações tão duros (generalizando)? Como arrancar sem dor uma dor que fica após um impacto semelhante a um fortíssimo choque térmico? Ninguém, exceto os terroristas, pensava que os donos do mundo tivessem um calcanhar de Aquiles... pelo menos um ponto fraco que os fizessem chorar. Foi só um... que foi apontado... mas outros virão a aparecer. É incrível como não conseguimos reparar todos nossos defeitos ao olharmos no espelho - ver o podre nos outros é fácil. Auto. Alto. Paremos para olhar para nós mesmos. Refletir.

Nenhum avião sai ou entra nos Estados Unidos. O número de mortos no atentado é incalculável. Os destroços, fotos e imagens do ex-prédio mais alto de Nova Iorque são cicatrizes. Todo corte fundo demora a cicatrizar. Toda cicatriz deixa marcas. As marcas nos fazem lembrar da situação que as originaram.

Aumentam as hipóteses. Deste momento em diante... suspeito nº 1: Osama Bin Laden. Muçulmanos se amedrontam. O mundo fica solidário aos Estados Unidos. Eles querem vingança. O vermelho do ódio e o azul das lágrimas se misturam nos olhos dos americanos. Raiva acompanhada de dor.

Junto com as torres gêmeas caem as bolsas de valores. Isso é um dia de doze. Tudo vira um caos. Os veículos de comunicação estampam isso. Isso não passa de ressaca.

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