quinta-feira, novembro 30, 2006

Desastres e Salvação

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A vida podre
Secou a água
O vil poder
Queimou a mata
O pobre homem
Conluiou
E a bela terra
A sucumbir
Então vem um poder
Maior e melhor
Separa o podre da vida
Usa água contra seca
Usa o fogo para aquecer
Os corações vis
E embeleza o coração
Pobre do homem
Que deveria ser
Pobre de coração

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terça-feira, novembro 28, 2006

O céu

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Vi um barco voar de leve
Enquanto o vento soprava
De norte a oeste e depois ao sul
E a água caía do céu
Lavava o que há sujo
No mundo um mundo
E mundo, que mundo!
Vejo o barco resistir ao tempo
Vejo a terra resistir ao vento
Sopra o vento renovando a vida
Cai a noite para vir o dia
Vem o dia, vem vida nova
Sofre em vida para ter a vida
Desce o barco assim de leve
Leva o véu que lhe acercava
Se apresenta livre do mundo
Já que a água renovou-lhe o ser
E o não ser já não é mais nada
Nada sempre é tudo que não foi
E o sempre será o tudo ainda
Vivo mundo como nada de mundo
Abre as portas, rasga-se o véu
Olho para cima e vejo

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