segunda-feira, setembro 04, 2006

Filme de Guerra - Parte 1

Boom, boom, boom...


Estados Unidos da América. Bela manhã. Sol de outono. Nada de diferente. Rotina. Correria de início de dia de trabalho. Sempre as mesmas pessoas, o mesmo estresse...

Boom... Do nada. Quem está em Nova Iorque, nos arranha-céus, nos aeroportos, nas redações dos meios de comunicação, em frente às TVs, rádios e computadores se surpreendem com um avião acertando em cheio entre o 80º e o 86º andar da torre norte do imenso World Trade Center. Pânico. O dia que era nada mais que um simples 11 de setembro de 2001 começa a deixar de ser um dia comum. Sairia dos calendários para ser gravado em páginas de livros, revistas, jornais, telas de computador e TV, tapes em vozes de Jornalistas e testemunhas. 8:46 a.m. Este foi o tic-tac-boom.

Todo o mundo parou... parou de olhos abertos perante uma Torre de Babel em chamas. Todos os olhos eram chamas - reflexo do fogo no grande prédio. Hipóteses. Terrorismo. Aviões seqüestrados. Por quê? Isso ninguém imaginava. Enquanto se refletia...

Boom... Enquanto todos viam e refletiam sobre o crash, mais um avião acerta o World Trade Center, só que desta vez a torre sul. Tic-tac-boom... 9:03 a.m. Desespero. Fogo que aumenta. Pessoas descem correndo as escadas, milhares de degraus. O tempo é curto, mínimo. Não há tempo suficiente para descer. Pessoas pulam, se jogam do alto prédio, vendo assim sua única solução... que solução! Em baixo há pessoas novas, desconhecidas. Ajudantes anônimos, mas de coragem, o inverso dos que no alto estavam. Os desesperados descem. Os heróis sobem, tentam fazer o inferno cessar.

Boom... Pancada no cérebro Americano. Parte do Pentágono é posto a baixo. Culpa de nada mais, nada menos, que outro avião. 9:37 a.m. Washington em alerta. Estados Unidos em chama. Desespero é geral, nacional, mundial. Casa Branca evacuada. Qual será a próxima vítima, alvo? Ninguém sabia.

Tic-tac... 10:00 a.m. Torre sul do World Trade Center desaba. Todos, sem exceção, ficam boquiabertos. Outro avião risca o céu Norte-americano com fogo, cinco minutos após a queda de uma das torres do Centro Mundial do Comércio. Porém, esse avião caiu antes de atingir outro alvo, foi derrubado por Americanos em Pittsburgh.

Tic-tac... 10:28 a.m. Torre norte imita a sul, também vai ao chão. A partir daí uma fumaça, que parecia infindável tomou conta da ilha de Manhattam. Escritórios por todos os lados são evacuados. As ruas deserteiam-se. O medo domina a calma em todos os corações. Até o fim do dia ninguém desgruda os olhos da TV e telas de computador e ouvidos do rádio.

Finda o dia que certamente terá destaque em livros de História daqui a algum tempo.

* O texto foi escrito com o horário local – Nova York

Um comentário:

Anônimo disse...

Comentei e não sei o que aconteceu... vamos novamente:

Vim através do blog do Flávio porque vi que vc é de BH - tb sou! Mergulhei nos seus escritos e me senti em casa - especialmente ao ler a Carta. Gostei demais.
Beijos