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Vi um barco voar de leve
Enquanto o vento soprava
De norte a oeste e depois ao sul
E a água caía do céu
Lavava o que há sujo
No mundo um mundo
E mundo, que mundo!
Vejo o barco resistir ao tempo
Vejo a terra resistir ao vento
Sopra o vento renovando a vida
Cai a noite para vir o dia
Vem o dia, vem vida nova
Sofre em vida para ter a vida
Desce o barco assim de leve
Leva o véu que lhe acercava
Se apresenta livre do mundo
Já que a água renovou-lhe o ser
E o não ser já não é mais nada
Nada sempre é tudo que não foi
E o sempre será o tudo ainda
Vivo mundo como nada de mundo
Abre as portas, rasga-se o véu
Olho para cima e vejo
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terça-feira, novembro 28, 2006
O céu
Rótulo: Poema
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