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O rádio é um meio de comunicação barato, de longo alcance e que tem exclusivamente o som (ou sua ausência) como suporte[1]. Mesmo em regiões muito distantes da emissora, o ouvinte consegue captar a freqüência. Por isso, pode-se dizer que o rádio, como já pensava Getúlio Vargas[2], é instrumento de integração nacional.
Com o fim da Era de Ouro do rádio (década de 1950) e o surgimento da televisão, o rádio teve que encontrar novos rumos (ORTRIWANO, 1985: 21-27). A maior parte da publicidade migra para o novo meio de comunicação e, com isso, o rádio aprende a reduzir custos. Ao invés de se promover apresentações ao vivo e festivais, passa-se a tocar música gravada. No lugar das novelas, noticiários têm destaque na programação. Também os programas de auditório deram lugar aos programas de utilidade pública. O rádio passa, então, a buscar o caminho mais regionalizado, o que não tira seu caráter integrador.
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[1] No rádio, tanto o som quanto o silêncio compõem a mensagem com significado. O silêncio, dependendo do contexto em que é empregado, pode propor uma reflexão ou criar expectativa, significar indignação, falta de ar ou até mesmo que algo acontecera com o locutor.
[2] Getúlio Vargas, presidente do Brasil por três vezes (12 anos), instituiu, no ano de 1937, A voz do Brasil, um programa que até hoje divulga notícias dos Três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário). A voz do Brasil foi o primeiro programa oficial e obrigatório no rádio brasileiro. Na época de sua criação, o programa foi um importante instrumento do governo para disseminação de suas idéias progressistas (ou populistas).
[3] Cf. SILVA (1999: 35). Segundo a autora, o transistor chega ao Brasil no ano de 1965 com o aparelho importado Spika.
[4] Em alguns aparelhos receptores, Ondas Médias é abreviado em MW, do inglês Medium Waves; e Ondas Curtas é abreviado em SW também do inglês Short Waves.